quarta-feira, 28 de novembro de 2012

Voos comerciais sem pilotos podem estar chegando


Teste vai ser feito dentro de algumas semanas, em um percurso que vai da Inglaterra até a Escócia.
 Voo comercial comum. (Fonte da imagem: Reprodução/Radiosc)

Com o desenvolvimento da tecnologia, vários aparelhos eletrônicos que precisavam de “ajuda” humana já funcionam sozinhos. Por conta disso, grandes projetos desse gênero estão sendo desenvolvidos, como é o caso do avião que transporta passageiros sem nenhum piloto dentro da cabine.

É lógico que a aeronave não fica no céu sem nenhum tipo de comando, pois um controlador (ou piloto) fica no chão com uma mesa de operação que controla o avião. Desse modo, é possível se comunicar com as torres de comando, continuar no trajeto definido e desviar de outros voos.

Esse tipo de avião já é usado pelas forças armadas norte-americanas, mas só em zonas de grandes conflitos e para reconhecimento. Agora, um teste — marcado para daqui algumas semanas, sem uma data específica — vai da Inglaterra para a Escócia para definir se é seguro fazer a mesma coisa transportando passageiros.

Gente responsável conduzindo o projeto


Para garantir a segurança no grande teste, pequenos experimentos estão sendo feitos pela equipe de pesquisadores responsável pelo projeto. Neles, o avião é controlado por pequenas distâncias, de forma que seja estabelecido um parâmetro de segurança — o processo é bem parecido com o que a Google realiza com os seus carros autônomos.

O projeto está sendo conduzido sob a supervisão do governo britânico e os resultados já foram avaliados pela ASTRAEA — sigla em inglês para “Autonomous Systems Technology Related Airbone Evaluation and Assessment”. Além disso, também há o apoio de diversas empresas, como a BAE System, Cassidian e Rolls-Roice.

A novidade mudaria alguma coisa?


Avião não tripulado da Marinhas dos EUA. (Fonte da imagem: Reprodução/DailyMail)

Na prática, voos sem a presença do piloto podem mudar a maneira como a aviação é conduzida atualmente. Em primeiro lugar, as aeronaves poderiam ter espaço para mais passageiros e abrigar uma quantidade de aparelhos tecnológicos bem maior — o que facilitaria o funcionamento do veículo ou deixar a viagem das pessoas mais confortável, por exemplo.

Além disso, os pilotos poderiam trabalhar de uma maneira muito mais dinâmica. Com isso, as trajetórias de voo poderiam ser mais seguras e os aviões poderiam passar com menos perigo por lugares difíceis para quem conduz a aeronave, como em tempestades e locais com forte neblina.

Contudo, todas essas melhorias dependem do teste que vai ser realizado em breve, pois ele vai testar a comunicação entre a nave e o controlador, assim como o tempo de resposta dos comandos. Vamos torcer para que tudo dê certo, não é?

Fonte: Economist, tecmundo

segunda-feira, 6 de agosto de 2012

Jipe Curiosity pousa em Marte e envia primeiras imagens do planeta

Em uma operação tecnicamente perfeita, o jipe-robô Curiosity pousou nesta madrugada próximo à região equatorial de Marte. A viagem durou mais de 8 meses e após desembarcar na superfície o jipe entrou em contato com a Terra e enviou as primeiras imagens de baixa resolução.

De acordo com o calculado, exatamente 02h32 BRT da madrugada o jipe-robô Curiosity tocou a superfície marciana, baixado ao solo por uma espécie de guindaste espacial suspenso no céu. Apesar da precisão da operação, a confirmação do pouso só ocorreu 13 minutos e 40 segundos depois, tempo necessário para que os sinais enviados pelo jipe ao satélite Mars Odyssey Orbiter percorressem os 250 milhões de quilômetros que separam atualmente Marte da Terra.


A todo instante, engenheiros e pesquisadores reunidos no JPL, Jet Propulsion Laboratory aplaudiam cada etapa concluída e confirmada através dos sinais de telemetria enviados pela nave. A ansiedade aumentava à medida que a Curiosity descia e quando o narrador oficial e também controlador da missão confirmou o pouso, todo o centro de controle explodiu em aplausos, com alguns engenheiros chorando de emoção.

"Os Sete minutos de terror tornaram os sete minutos de triunfo", disse o administrador associado da NASA John Grunsfeld. "Minha imensa alegria para o sucesso desta missão é igualado apenas pelo orgulho que sinto pelas mulheres e homens da nossa equipe."

Primeira Foto

Outro momento que foi bastante festejado ocorreu quando a primeira foto foi recebida no JPL, captada pela gigantesca antena de 34 metros da Rede do Espaço Profundo, em Camberra, na Austrália. A cena era apenas um thumbnail (amostra) de poucos pixels e mostrava o horizonte marciano e uma das rodas do robô Curiosity, registrada pela câmera traseira Rear Hazcam (Hazard Avoidance Camera), que será usada pelo jipe para evitar acidentes enquanto estiver navegando.

Alguns instantes depois a mesma imagem foi recebida, mas em tamanho maior.

Entrada, descida e pouso

A fase mais difícil da missão teve início 17 minutos antes do pouso, quando o computador de bordo enviou um sinal a um conjunto de ignitores ordenando a liberação do casulo que abrigava o jipe Curiosity e seu guindaste espacial do veículo que os transportou até lá, a MSL, Mars Science Laboratory.

Atraído pela gravidade do planeta o casulo desceu vertiginosamente, a uma velocidade estimada em 22 mil km/h. Dez minutos depois, quando o altímetro-radar registrou altitude de 125 km acima da superfície teve início a entrada na atmosfera, uma fase batizada pela Nasa como "7 minutos de Terror" e que teve como objetivo reduzir a velocidade de queda para 1400 km/h.
A brutal desaceleração contra a atmosfera elevou a temperatura frontal do casulo a mais de 1600 graus, elevada o suficiente para incandescer a blindagem térmica que protegia o jipe-robô e seu guindaste.

A bola de fogo durou quatro minutos e quando o casulo atingiu 11 km de altitude o paraquedas supersônico foi aberto, reduzindo ainda mais a velocidade.


Cada vez mais devagar, o conjunto continuou perdendo altitude e quando atingiu 8 mil metros o computador de bordo ordenou a ejeção do escudo térmico que protegeu a nave do calor escaldante da entrada.


A bordo do casulo, o altímetro-radar realizava 250 leituras por segundo e a 1600 metros do chão enviou o último sinal que desprendeu o conjunto casulo-paraquedas.
Nesse instante o jipe-robô e seu guindaste continuaram a descida, freados por um conjunto de retrofoguetes. Quando estavam a poucos metros do solo o guindaste espacial se manteve equilibrado e graciosamente, com auxílio de quatro cordas, baixou o jipe-robô até o centro da cratera Gale, alvo primário da expedição.

sexta-feira, 3 de agosto de 2012

Tudo pronto para o pouso do jipe-robô Curiosity em Marte

Se tudo correr como planejado, o jipe-robô Curiosity deverá pousar na superfície marciana às 02h31 de segunda-feira, dando início a um novo período de exploração do Planeta Vermelho. Como em outras ocasiões, o Apolo11 transmitirá o evento ao vivo junto com um chat para participação dos usuários.
Lançado em 26 de novembro de 2011, o jipe-robô partiu em direção a Marte em uma espécie de mini-corrida espacial contra os russos, que lançaram alguns dias antes a sonda Phobos-Grunt com o objetivo de ir até uma das luas do planeta e coletar amostrar do solo que seria trazida à Terra. No entanto, uma falha ainda não perfeitamente explicada impediu a missão russa de continuar.

Agora, passados pouco mais de 8 meses desde o lançamento, finalmente a nave MSL (Mars Science Laboratory) está perto de cumprir a primeira etapa de sua jornada e na madrugada de domingo para segunda-feira entregará sua preciosa carga - um jipe-robótico de 1 tonelada - ao destino.
Fases
De acordo com o cronograma do laboratório de Propulsão a Jato da Nasa, JPL, que coordena a missão, 17 minutos antes de o jipe Curiosity pousar na superfície marciana terá início a fase EDL, siglas iniciais em inglês para Entrada-Descida-Pouso. Essa fase começa a 125 km de altitude e tem como objetivo liberar o casulo acoplado à MSL. A bordo do casulo segue o robô Curiosity.

Entrada
Dez minutos depois começa de fato a fase de entrada, quando a nave-casulo sofrerá uma forte desaceleração devido ao atrito com a atmosfera marciana. A desaceleração diminuirá a velocidade do artefato de 5 km/s para cerca de 400 m/s, fazendo a temperatura da estrutura ultrapassar 1600 graus Celsius.
Descida
Quatro minutos depois, quando a nave estiver a 11 km de altitude o paraquedas será aberto. Durante três minutos a nave continuará descendo e perdendo velocidade e quando atingir 8 km o escudo térmico que protegeu a nave do calor da entrada será ejetado. Alguns segundos depois, após a estabilização do artefato o altímetro-radar assumirá o controle da descida.
Pouso
Quando o conjunto estiver a 1600 de altitude, um sinal enviado pelo altímetro-radar obrigará o casulo-paraquedas a se separar do jipe-robô, que continuará a descida freado por um conjunto de retrofoguetes acoplados a um pequeno guindaste.
A fase final acontece a poucos metros do solo, quando as cordas do guindaste baixarão o jipe-robô até o centro da cratera Gale, alvo primário da expedição.
Ao Vivo
Todas as fases da missão poderão ser acompanhadas ao vivo pelo Apolochannel, que retransmite a Nasa-TV. Além disso, preparamos uma sala de bate papo exclusiva onde você poderá conversar e trocar ideias com outros participantes.

Fonte | apolo11

quinta-feira, 21 de junho de 2012

Virando Harry Potter: capa de invisibilidade pode ser ligada e desligada


Cientistas da Universidade de Saint Andrews, na Escócia, trabalham no desenvolvimento de manto que pode ser ligado e desligado quando o usuário bem entender.
Invisibilidade por indução eletromagnética. (Fonte da imagem: Reprodução/Arxiv)

As capas de invisibilidade fazem parte da ficção científica e dos sonhos de muitos pesquisadores há pelo menos uma década. Entretanto, criá-las no mundo real não é uma tarefa muito simples — e manter o controle sobre elas parece ser ainda mais difícil.

Contudo, os pesquisadores Darran Milne e Natalia Korolkova, da Universidade de Saint Andrews, na Escócia, estão trabalhando em um projeto que pode resultar em capas de invisibilidade capazes de serem “ligadas” e “desligadas” por quem as estiver utilizando.

Isso seria possível graças a um processo conhecido como transparência eletromagnética induzida, um fenômeno no qual certos materiais se tornam transparentes quando dois feixes de luz são projetados sobre eles. A técnica funciona em materiais com átomos que podem existir em três estados eletrônicos distintos.

A ideia é que o feixe de laser seja absorvido quando os átomos estão em um estado “A”. Assim, a luz é absorvida e induz os átomos para um estado “B” ou “C”. Se as frequências dos lasers estiverem alinhadas, sua capacidade para excitar os elétrons pode ser anulada, o que resulta na possibilidade de escolha entre um estado “ligado” e “desligado”.

Se na teoria isso é possível, agora os pesquisadores trabalham na tentativa de colocar em prática o projeto de pesquisa. A técnica seria um avanço importante nas tecnologias de camuflagem, mas ainda deve demorar alguns anos para que um recurso como esse esteja disponível em escala comercial.

Fonte: Arxiv e tecmundo

sábado, 19 de maio de 2012

Steve Jobs sonhava com o "iCar"

Membro do conselho diretor da Apple revela um dos projetos que estavam na cabeça do cofundador da Maçã.
Seria esse o visual do carro imaginado por Steve Jobs? (Fonte da imagem: Reprodução/AppAdvice)
 
Durante a conferência Innovation Uncensored, Millard Drexler, atual presidente e CEO da J.Crew e membro do conselho diretor da Apple há muitos anos, revelou que Steve Jobs tinha o sonho de criar o “iCar”.

De acordo com o site Business Insider, Drexler ainda criticou as fabricantes de automóveis. “Olhe para a indústria automobilística; ela é uma tragédia na América. Quem está desenhando os carros?”, comentou o executivo. Ele ainda disse que, se Jobs tivesse concretizado o seu sonho, o carro da Apple teria arrebatado 50% do mercado.

sábado, 10 de março de 2012

Um robot japonês ajuda a encontrar objetos perdidos

Busca, robot, busca. O EMIEW 2 é um pequeno robot que ajuda a encontrar objetos perdidos em casa. 


 
O robot japonês EMIEW 2 é branco e roxo, tem aproximadamente a altura de uma criança de seis anos, pesa 14 quilos, e desliza por todo o lado com umas rodinhas que tem na extremidade das pernas. A sua principal função é realizar buscas dentro de casa, ajudando a encontrar objetos pertidos.

O robot foi desenvolvido pela empresa de eletrónica Hitachi, que apresentou a primeira versão em 2005. O EMIEW 2"coleciona imagens de vários objetos da Internet e armazena-as numa base de dados externa", explica um dos responsáveis pelo projeto, Takashi Sumiyoshi. "Então, quando lhe mostramos algo, o EMIEW 2 tem capacidade para perceber o que é. E se lhe pedimos para procurar um objeto ele leva-nos até ao lugar onde ele está." Para isso, o robot utiliza uma rede de câmaras instaladas na casa.

Apesar de ainda não ter planos para comercializar o robot, a empresa acredita que em breve ele se tornará uma presença habitual nas casas de pessoas idosas, hospitais e empreendimentos turísticos.
Fonte | dn.pt

Donos do navio Costa Concordia querem salvá-lo com ideia vista nos Caçadores de Mitos

Um mês depois do acidente, proprietários pensam em maneiras de recuperar a embarcação que custou US$ 600 milhões.
(Fonte da imagem: Gizmodo)
 
Os proprietários do navio Costa Concórdia, que afundou na Itália no mês passado, planejam salvar a embarcação utilizando uma ideia exibida no programa “Caçadores de Mitos”. Além disso, o grupo também está aberto a propostas de empresas que apresentem soluções eficientes para salvar o investimento que custou US$ 600 milhões para ser construído.

Pesando 112 mil toneladas, o navio atualmente se encontra em uma situação delicada e qualquer movimento errado pode fazer com que ele afunde de uma vez por todas. No momento, uma equipe trabalha na embarcação bombeando o combustível, de forma a evitar um desastre ambiental.

Entre as ideias que podem ser tentadas para resgatar o navio, uma das mais curiosas já foi apresentada no programa de TV “Caçadores de Mitos”. A solução seria bombear bolas de poliestireno cheias de ar (bolinhas de pingue-pongue), envolvendo o navio para que ele possa voltar à superfície. Essa técnica já foi utilizada Islândia e no Kuwait, mas nunca em uma embarcação desse porte.

Antes disso, o navio teria que passar por uma série de reparos, ainda submerso, de forma que o trabalho com as bolas infláveis pode nem mesmo ser possível. Será que ainda há como recuperar o Costa Concordia para voltar a fazer viagens transatlânticas?

Fonte | tecmundo

Abridor de garrafas maluco é impressionante

Engenhoca complexa saca rolhas e serve a bebida de maneira mecânica.


 
Abrir uma garrafa de vinho é uma tarefa simples e que qualquer homem que se preze tem obrigação de saber. Entretanto, você pode facilitar ainda mais o processo, utilizando uma máquina enorme para abrir a garrafa e servir a bebida.

O vídeo acima mostra uma criação de Rob Higgs. Ele desenvolveu uma engenhoca complexa, movida à manivela, que permite sacar a rolha de uma garrafa e, em seguida, servir uma dose da bebida em questão em uma taça. Será que vale a pena tanto trabalho assim para tomar um bom vinho?

Fonte | tecmundo

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

Segundo ONU, mudança para economia sustentável é urgente

Relatório faz 56 recomendações para uma economia e um governo mais sustentáveis
Em um relatório da ONU (Organização das Nações Unidas), divulgado no dia 30 de janeiro, um grupo de especialistas e políticos abordou a urgência de adotar novas maneiras de desenvolvimento para salvar o mundo de uma crise econômica grave e para garantir mais sustentabilidade em todos os países.

O relatório “Pessoas resilientes, planeta resiliente: um futuro que vale escolher” foi elaborado no Painel sobre Sustentabilidade Global, formado por 22 membros. O documento expõe 56 recomendações para implantar uma mudança de modelo econômico e pode ser usado como uma das ferramentas do trabalho para a Rio + 20.

As ações propostas sugerem que, até 2030, o mundo deveria dobrar sua produtividade e reduzir o consumo de recursos naturais.

O relatório leva em consideração a expectativa de crescimento populacional: em 2040, a Terra deverá abrigar cerca de 9 bilhões de habitantes. Em 2030, o mundo vai precisar de uma produção de alimentos pelo menos 50% maior que a de hoje, além de 45% a mais de energia e 30% a mais de água.

Ações e Recomendações

De acordo com o relatório, é importante que a população tenha como fazer escolhas mais sustentáveis. Para isso, é necessário erradicar a pobreza, promover os direitos humanos, avançar na igualdade de gêneros, melhorar a qualidade da educação, incentivar a produção de projetos sustentáveis, disponibilizar produtos mais sustentáveis para consumo, fazer a gestão sustentável dos recursos naturais e diminuir o risco de desastres naturais.

Em geral, as recomendações são que os governos ampliem suas ações, principalmente em educação e conscientização, além de fornecer possibilidades para que as pessoas optem por opções sustentáveis.

sábado, 28 de janeiro de 2012

Robô da NASA chega a local nunca antes visto em Marte

Fotografia © Mars NASa JPL/Caltech Cornell ASU

Depois de uma viagem de quase três anos o robô Opportunity da NASA chegou esta terça-feira à cratera Endeavour. O robô transmitiu a 9 de Agosto a sua chegada a partir do Spirit Point, que fica na beira da cratera.

A NASA mostrou uma imagem do local - captada pelo robô -, que mostra rochas, pedras e areia, que mais parece um deserto.

O Opportunity, do tamanho de um carrinho de golfe, está à procura de água no "planeta vermelho". O robô prestou homenagem ao seu gémeo Spirit, também lançado no Verão de 2003 para procurar água em Marte, e que deixou a missão em Maio por causa de um defeito.

A cratera Endeavour tem 22 quilómetros de diâmetro. A exploração já percorreu 21 km de zonas desconhecidas, desde a cratera Victoria.

De acordo com a NASA estas pesquisas vão desempenhar um papel fundamental em futuras missões humanas a Marte. "Em breve teremos a oportunidade de recolher uma amostra de rochas", disse Matthew Golombek membro da equipa da NASA.

Fonte | dnciencia

sábado, 7 de janeiro de 2012

Carregador portátil de baterias funciona à base de água

A autonomia dos aparelhinhos eletrônicos é um problema para muita gente. Os smartphones, por exemplo, precisam ser recarregados pelo menos uma vez por dia. 

Para facilitar essa tarefa, especialmente para quem fica muito tempo fora de casa, a myFC, empresa especializada em tecnologias de energia para dispositivos móveis, criou o PowerTrekk, um carregador portátil que usa como “combustível” algo bem fácil de se encontrar por aí: água.
Trata-se de uma forma limpa e mais eficiente de fornecer energia a gadgets do que os carregadores solares por exemplo. Isso porque, conforme a empresa, a velocidade da carga não depende de condições climáticas e nem da posição do sol. Além disso, o equipamento não sofre degradação como as baterias comuns.


O PowerTrekk é compatível com a maioria dos smartphones, celulares, GPS e câmeras. Na Europa, ele custa €199, o equivalente a pouco mais de R$470. O acessório estará exposto na CES 2012 e a equipe Adrenaline vai trazer mais detalhes sobre ele para vocês. Fiquem de olho!

Fonte | adrenaline.uol.com.br

terça-feira, 3 de janeiro de 2012

"Oh, uau": irmã revela as últimas palavras de Steve Jobs

Steve Jobs morreu em setembro por parada respiratória em decorrência de um tumor pancreático
Foto: AFP
 
A irmã de Steve Jobs, Mona Simpson, revelou neste domingo as últimas palavras de Steve Jobs antes de morrer. A escritora, que só conheceu o cofundador da Apple aos 25 anos, teve publicado no New York Times o discurso que fez em homenagem ao irmão durante o memorial de serviço privado para a família, em 16 de outubro, na capela da Universidade de Stanford. "A morte não o abateu, ele a atingiu", afirma Mona.

De acordo com o texto, na véspera da morte Jobs teria apressado a irmã para que fosse até sua casa, em Palo Alto, na Califórnia, e até ligado para ela para começar a se despedir antes de sua chegada, mas ela o cortou dizendo que estava no táxi e a caminho. Ele disse que talvez ela não chegasse a tempo. "Quando cheguei, ele e Laurene (mulher de Jobs) estavam fazendo piada um com o outro", contou. 

Pouco depois, antes de começar o que Mona descreveu como "uma caminhada árdua, uma subida à altitude", Jobs teria olhado para sua outra irmã, para os filhos, para a mulher e depois para o horizonte. E então, teria proclamado suas últimas palavras: "oh, uau. oh, uau. oh, uau". Assim mesmo, três vezes, segundo a escritora.

O discurso de Mona, em que ela conta algumas das coisas que aprendeu com Jobs e destaca o lado extremamente amoroso do gênio da tecnologia, pode ser lido na íntegra e em inglês no New York Times, neste atalho: http://nyti.ms/tiNk3y .

segunda-feira, 2 de janeiro de 2012

Brasil avança em robótica mas ainda sofre com infraestrutura

Robô Ambiental Híbrido Chico Mendes, de 2005, é considerado uma das melhores criações do laboratório de robótica do Centro de Pesquisas da Petrobras (Cenpes)
Foto: Agência Petrobras/Divulgação

Nos últimos dez anos, o Brasil deu um salto no que diz respeito à tecnologia robótica, mas ainda sofre - e é possível que a situação se mantenha assim por algum tempo - com a falta de infraestrutura. Segundo especialistas do segmento, a dificuldade de conseguir componentes é um dos principais problemas enfrentados pelos desenvolvedores de robôs, o que acarreta em lentidão na melhoria da tecnologia e encarecimento das pesquisas.

Apesar dessas questões, Marco Antonio Meggiolaro, professor da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio), entende que o País avançou mais do que outras nações na área. "A robótica teve crescimento no mundo todo, mas aqui foi ainda mais, porque há 20 anos existiam poucas pesquisas práticas", justifica. Um dos motivos seria o crescimento das indústrias de microeletrônica no mundo, o que teria levado a um barateamento geral dos componentes, mesmo quando importados, tornando-os mais acessíveis aos pesquisadores. 

Além disso, o segmento tem crescido em importância no País, tanto no meio acadêmico quanto no industrial. "Em virtude do pré-sal, por exemplo, existe demanda nos setores de robótica e automação, que têm papel importante e vão ter cada vez mais", avalia o professor Marco Henrique Terra, coordenador do Centro de Robótica da Universidade de São Paulo (USP) - o primeiro do Brasil -, em São Carlos. 

Em uma nação com o tamanho do Brasil, a robótica aérea também ganha relevância, pela necessidade de monitoramento de fronteiras seca e litorânea, entre outros motivos. "O País, antes de mais nada, desponta como economia importantíssima já há alguns anos, e essa tendência é de crescimento, o que em um cenário mundial impõe que nossa segurança seja cada vez melhor", pondera Terra.

"É um mercado promissor para o Brasil, e inclusive já existe um nicho importante, que deve manter esse status", opina o professor da USP. Ele lembra que no País há empresas trabalhando nos chamados UAV, sigla em inglês para aeronaves não-tripuladas, e que a combinação de desenvolvimento interno com acesso a tecnologia de ponta são importantes para os produtos que estão sendo desenvolvidos e que ainda serão, no futuro.

Na opinião do professor Anderson Harayashiki Moreira, do Núcleo de Robótica do Instituto Mauá de Tecnologia (IMT), de São Paulo, o cenário brasileiro atual tem duas principais áreas de desenvolvimento de robótica. A industrial inclui essencialmente os autômatos que fazem pintura, solda e montagem de carros e aviões, com alguma aplicação também na indústria alimentícia. A robótica móvel, que na última década é a que mais tem apresentado progresso, inclui os humanoides - como o NAO, que interpretou o personagem Zariguim na novela Morde & Assopra - e modelos "à la aspirador de pó", bem como os UAVs.

No caso da robótica industrial, continua Moreira, o conhecimento mais consolidado leva as pesquisas a se focarem em ampliar a precisão dos autômatos e em facilitar sua programação. Já a robótica móvel atrai pela possibilidade de deixar aos robôs algumas tarefas do dia a dia, o que se expande da faxina da casa a atividades insalubres - como procurar sobreviventes em áreas de desastre, por exemplo.

Para Meggiolaro, os veículos robóticos, não só os aéreos mas também os que se movem sobre rodas e esteiras, são uma das áreas em que o Brasil tem acompanhado os desenvolvimentos percebidos no mundo. "A pesquisa na questão da inteligência é complexa, mas a parte mecânica não exige tanta precisão quanto no caso dos braços robóticos, o que permite que o que criamos aqui tenha um custo competitivo em relação ao que é feito lá fora", argumenta.

Os avanços estariam, para o professor da PUC-Rio, principalmente na área de controle dos robôs, que envolve atividades como andar sozinho sem controle remoto, tomar decisões e criar mapas do ambiente, por exemplo. "É um campo que cresceu muito, principalmente por causa do estimulo à pesquisa", opina. O investimento seria resultado, entre outros fatores, da percepção da indústria de que a robótica pode ajudar na produtividade. 

Investimentos
Moreira, do IMT, cita a Petrobras como uma das grandes investidoras do setor. Apesar de ter um centro de pesquisas de robótica próprio, a empresa não dá conta de desenvolver todas as soluções de que necessita sozinha, e patrocina pesquisas em parceria com universidades. "A faculdade entra com a mão de obra intelectual, enquanto a Petrobras e órgãos de fomento fornecem a verba, em geral para que se busquem formas de resolver situações específicas", ilustra, citando os robôs que monitoram os tubos de transporte de gás e petróleo entre os autômatos usados pelo setor. 

Mas, para Terra, da USP, ainda seria preciso aumentar os investimentos em robótica, "principalmente na criação de produtos com aplicações em setores onde a economia brasileira é forte e continuará sendo promissora, como a agricultura". Os UAVs, por exemplo, podem servir para mapeamento de pragas, monitoramento ambiental e pulverização de grandes áreas de plantio, entre outras funções, o que aumentaria a produtividade do segmento. 

Terra acredita que tanto setor privado quanto a iniciativa pública têm "feito o que podem" para o desenvolvimento. "O governo federal, principalmente, tem sinalizado que a tendência é de aumento de investimentos na área de robótica, no intuito de que a economia brasileira se torne mais competitiva", afirma.

Para ele, a robótica no mundo tem se diversificado, estendendo-se agora aos setores de entretenimento e segurança, entre outros. O Brasil tentaria acompanhar essa tendência, dentro de suas limitações, na visão do coordenador do Centro de Robótica da USP. "Não é fácil produzir e competir em um setor com desenvolvimento bastante intenso", alerta Terra, que pondera, por outro lado, que o País tem feito pesquisas, o que abre a possibilidade de investimentos. "Principalmente na robótica aérea, em que o Brasil tem acompanhado a inovação e sabe em que segmentos investir", afirma.

Gargalos
Apesar dos avanços, alguns gargalos impedem o País de crescer mais na robótica. A infraestrutura é apontada pelos professores como o principal limitador dos desenvolvimentos. "Temos dificuldade de acesso a satélites com sinais confiáveis, por exemplo, que nos permitiriam testar o controle dos robôs de forma eficiente", cita Terra. O professor da USP ainda lembra que há vários setores complementares da cadeia produtiva que precisam receber investimentos, como as áreas de circuitos, mecânica fina, mecânica de componentes de alta precisão, e mini e microcomponentes. 

O coordenador do primeiro Centro de Robótica nacional ainda fala de semicondutores, importados. "O Brasil tem tentado há anos trazer uma indústria de microeletrônica e tem tido dificuldade, mas é um exemplo de quão complicado é o desenvolvimento industrial como um todo para dar suporte à indústria de robótica", comenta. "Existem condições que devem ser preenchidas para viabilizar determinadas tecnologias de ponta, e o Brasil tem uma indústria ainda bastante limitada para setores que são fundamentais ao desenvolvimento da robótica", resume.

O resultado dessas limitações é que muitos componentes precisam ser importados, o que encarece a pesquisa e o desenvolvimento - e, em consequência, prejudica a competitividade de tecnologia criada no País. "Existe uma série de sensores absolutamente fundamentais para medir a posição de um robô, por exemplo os UAV, e que temos de importar", cita Terra.
Segundo o professor da USP, universidades e empresas brasileiras têm se preocupado em desenvolver sensores para a área de robótica, mas ainda deve levar alguns anos até que se consiga produzir em terras verde-amarelas alguns componentes essenciais do setor. "À medida que a economia vai crescendo, o Brasil tem condições de a médio e longo prazo ter esses materiais", avalia. Para Meggiolaro, o investimento em infraestrutura é mais presente em empresas que desenvolvem soluções específicas, de acordo com a demanda de certas indústrias. Esse volume, no entanto, ainda não justifica a fabricação em massa dos componentes necessários.

Outro problema de não ter a infraestrutura necessária no País é a demora em conseguir os componentes. "Nos EUA, se falta uma peça os pesquisadores conseguem recebê-la no dia seguinte", exemplifica Terra, da USP. Moreira, do IMT, lembra que há trâmites legais de importação, o que significa que mesmo quando há verba disponível para a compra do material é preciso esperar de dois a três meses até recebê-lo no laboratório. Mais do que isso, Meggiolaro, da PUC-Rio, afirma que às vezes é preciso experimentar, "e se a peça importada, quando chega, não atende às necessidades, é preciso iniciar outro processo de importação, ou mudar o projeto".

Além disso, Terra lembra que os investimentos que Japão e Estados Unidos - líderes em robótica - fazem no segmento são muito superiores aos brasileiros, também pela situação econômica diversa das três nações. "O acúmulo de conhecimento científico e tecnológico para desenvolver tecnologias de robótica também é um problema", aponta, indicando que determinados produtos são mais vantajosos de serem importados. "Existem multinacionais que investem espetacularmente mais e não faz sentido não comprar equipamentos dessas empresas".

Formando especialistas
Uma das estratégias para tentar superar as dificuldades é o investimento em capital humano. As empresas estariam buscando talentos e trabalhando em parceria com universidades. "E a universidade tem auxiliado na formação de quadros, e essa interação entre instituições de ensino e setores de desenvolvimento tem sido produtiva", afirma o coordenador de Centro de Robótica da USP.

Moreira, do IMT, levanta que a qualidade técnico-científica do Brasil já está, em alguns setores, à altura de outros países que iniciaram os incentivos à robótica antes. "O problema para o desenvolvimento é ou financeiro ou de disponibilidade dos componentes aqui", acredita. Além disso, continua, a mão de obra qualificada também é um fator que viabiliza a utilização em larga escala de robôs, por baratear a manutenção, mesmo que as máquinas sejam importadas. "Se não tem que entenda do assunto, quando a máquina quebra ela precisa ser inutilizada", ilustra.

E existe mercado para robôs no Brasil? "Acho que o grande problema é o custo, se fosse um preço acessível, qual dona de casa não gostaria de ter um robô com o mesmo desempenho de um aspirador de pó mas que funciona sozinho?", questiona Moreria, do IMT. Para ele, o mesmo raciocínio vale para áreas comerciais. "Cortar a grama não é um serviço pesado, mas se você pensa num estádio, por exemplo, é possível ter um robô que apare uniformemente e faça o trabalho à noite, e isso é muito vantajoso; mas como hoje o preço ainda é cerca de cinco vezes maior para comprar um robô, muitas empresas consideram que o investimento não vale", pondera. 

Moreira levanta ainda uma outra dificuldade, que é despertar o interesse dos jovens pela robótica. Para estimular o envolvimento, existem, no Brasil e no mundo, várias competições, para incentivar o desenvolvimento de tecnologias. "E o País tem conseguido índices muito bons, as equipes daqui são muito bem vistas no mundo", afirma o professor do IMT, que liderou o time vencedor de 2010 do peso pena da Combotz, torneio que faz parte da Robogames, equivalente robótico da Copa do Mundo. 

A PUC-Rio ficou com o título em 2011, sob a batuta de Meggiolaro. O docente que orientou os vencedores deste ano acrescenta que a tradição, nos campeonatos, é de participação de empresas de robótica, mais que de instituições de ensino. "São engenheiros competindo contra estudantes, e as universidades de lá não vencem os torneios, nós brasileiros somos a exceção, e os profissionais de lá reconhecem isso", afirma. Ele também lembra que os desenvolvimentos aplicados aos robôs de combate, que vivem situações extremas, podem ser modificados para atender a demandas comerciais e ajudar o País a avançar ainda mais no terreno da robótica.

Darpa quer usar apps de smartphone para controlar robôs

Agência de pesquisa do exército norte-americano quer usar criatividade dos desenvolvedores comerciais para programar sistema de sensores próprio
Foto: Darpa/Divulgação

 
A Darpa, agência de pesquisas e projetos de defesa dos Estados Unidos, está buscando desenvolvedores de aplicativos de smartphone para melhorar o desempenho de seus robôs de guerra. Segundo comunicado do órgão norte-americano, embora os autômatos tenham cada vez mais capacidades, existe uma limitação no uso delas devido à falta de um aplicativo adaptativo para controle. 

"Visamos desafios específicos que incluem coleta, organização, armazenamento e compartilhamento de dados em vídeo, por exemplo", cita Mark Rich, gerente do programa Adapt, da Darpa. Ele menciona o YouTube como um possível canal para disponibilizar as filmagens, e inclui Skype e Google Maps entre as ferramentas que poderiam ser usadas no campo de batalha.

A busca da Darpa é por desenvolvedores de apps comerciais, mas os programas não vão rodar em smartphones, e sim em dispositivos de inteligência, vigilância e reconhecimento (ISR, na sigla em inglês). "Veículos aéreos não-tripulados se tornaram plataformas indispensáveis de ISR no campo de batalha atual. Quanto mais efetivos eles poderiam ser se um app fosse criado para comandar um enxame de pequenos robôs usando uma única unidade de controle?", argumenta a agência. 

O programa Sistema de Sensores Adaptável (Adapt, na sigla em inglês) trabalha com a criação e a produção de apps para sensores. Um processo que demoraria entre três e oito anos quando feito por empresas terceirizadas, segundo a agência, e que a Darpa pretende realizar em cerca de um ano. Os sistemas e os dispositivos devem funcionar como os smartphones comuns: "aplicativos com acesso uma base de dados rodando em um hardware padrão e usando um sistema operacional comum". 

"O rápido avanço e as capacidades sofisticadas da tecnologia de smartphones atual proveem oportunidades de revolucionar a forma como os sistemas de sensores são usados", afirma Rich. "Funções de processamento, armazenamento, comunicação, navegação e orientação integradas no hardware e no software de um smartphone podem se desenvolvidos para criar dispositivos de sensores muito mais poderosos do que os que usamos hoje", resume.

Fonte | tecnologia.terra.com.br

Apple registrou duas patentes para baterias de hidrogênio

Novas baterias teriam autonomia e tempo de validade maiores
A Apple registrou duas patentes para baterias de células de hidrogênio para seus aparelhos. A nova tecnologia permite mais autonomia em uma recarga e tem um tempo de validade maior que uma bateria convencional.

Antes de poderem ser usadas nos aparelhos, porém, as baterias precisam passar por melhorias para que fiquem menores e mais baratas.

Os registros de patente podem ser vistos na internet (aqui e aqui – ambos em inglês).